26 de dezembro de 2016

Dos ares da mudança.






É chegado o momento da mudança. Podemos senti-lo de algum modo, como um leve formigamento de esperanças já ao pé do ventre. Expectativas gerais. Turbilhão confusos de inverdades já esporadicamente lançadas a esmo. Maldades latentes que se deflagram de pessoas contra pessoas.


Em tudo o que se vê ou ouve, é necessário auscultar em si mesmo. Aquela voz sutil que ascende ao pensamento desprovida das exigências egocêntricas do rancor e da discórdia. A maldade ainda é uma questão de escolha. O mal é uma postura consciente e ardilosa.


Agradeço às esferas que me erguem como Sarça viva para mais um novo tempo de aprendizado. Agradeço a tudo que aprendi, já obteve seus efeitos e reclama ser superado. Agradeço ao tempo que me permite experimentar humanidade, com toda a sorte de emoções que a ela se vincula e anima.


Diz o mestre, "Tudo o que é sensível sofre". E, desse modo, é mais que oportuno que eu venha também agradecer a meus contendores, sem qualquer exceção, por proporcionar-me circunstâncias de desenvolvimento.




Enquanto estamos sendo atacados, sentimo-nos à mercê das correntezas, atirados contra qualquer direção, engolindo raízes e dejetos pelo caminho.


Hoje, há algo de diferente, que não se transfere e nem se permite apreender aos desavisados. Um domínio interior que sabe esperar o momento de tudo. Nada além do 'orare et laborare' promulgado por Calvino. Tudo simples e exequível.




Aos desafetos à espreita, aqui não levantaremos um dedo contra quem quer que seja. Por três razões muito óbvias. A primeira, porque todo compromisso é íntimo. A segunda, porque cada um só oferece o que possui. Por último, ninguém precisa auxiliar tolos a se destruírem, porque alegremente eles cantam ao atirar-se no abismo. Aos que dormem, bons sonhos!






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