21 de agosto de 2015

Os sonhos.



Salvador Dalí.


Os sonhos dela faiscavam. Foram içados ao vento como bandeiras. Discrepantes como tortuosas insígneas. E, embora todos pudessem contemplá-los, não se lhes podia sorver o significado.


De onde ela viera pouco se sabe. É suficiente compreender que ela se estendia e se ramificava por estas terras. Alumiavam-se as emoções tal faróis tremulantes na escuridão ambígua entre a corcova e o pedestal ao qual se apoiava.


Ela não pôde conter estas fagulhas exasperadoras de metáforas. Conduziu a pétrea viga ao Arco Real e fez, a si mesma, única e ascendente.






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